A depressão pós-parto (DPP) é uma forma de depressão que afeta mulheres após terem dado a luz a um bebê. Estima-se que cerca de 60% das novas mães passam por uma forte melancolia após o parto conhecida internacionalmente como baby blues. No Brasil cerca de 40% desenvolvem depressão sendo que 10% apresentem a sua forma mais severa. Recomenda-se que uma psicoterapia seja iniciada o mais rápido possível.[1]
É comum que pais também tenham sintomas de depressão em 25,5% dos casos.
Causas
A depressão pós-parto, assim como a maioria dos transtornos psicológicos, tem como causas fatores biológicos, psicológicos e sociais. Caso a mãe já apresente depressão antes do parto é provável que ocorra seu agravamento. As grandes alterações hormonais durante a gravidez e a diminuição após o parto são um dos principais responsáveis porém existe uma clara relação entre o suporte social principalmente do parceiro e família, do planejamento da gravidez, de problemas de saúde da criança, dificuldade em voltar ao trabalho, dificuldade sócio-econômica e estado civil com a presença e gravidade da depressão.[3]
No Brasil estudos nacionais tem encontrado uma prevalência por volta de 40%, enquanto a americana de 60%. Fatores identificados com o aumento da probabilidade foram
Alguns dos sintomas mais comuns são:
Há escalas de avaliação da anedonia, como a de Fawcet (Escala de prazer/desprazer) e a Escala de Avaliação dos Sintomas Negativos (Andreasen,1981), que inclui uma subescala de "anedonia e retraimento social". É comum em escalas de depressão conterem itens sobre o tema como o Escala de Depressão de Beck (BDI).
Está associado com baixos níveis de monoaminas no sistema nervoso, como a serotonina, dopamina, adrenalina e noradrenalina, mas principalmente ocorre uma disfunção Dopaminérgica e Noradrenérgica. O tratamento dependerá da intensidade do sintoma e a associação com outros possíveis sintomas de depressão. Se a anedonia for predominante o tratamento será com Inibidores Seletivos da Recaptação de Dopamina e Noradrenalina (IRND), como Bupropiona e Mirtazapina.
Tanto terapia cognitivo-comportamental ou terapia analítico-comportamental podem ser auxiliares do tratamento medicamentoso.
Sem a discriminação de reforço positivo é esperado que vários comportamentos saudáveis entrem em extinção e o indivíduo passe a ser controlado principalmente por reforço negativo (evitar sofrimento) e por punição. Uma pessoa com anedonia em geral dificilmente adere ao processo terapêutico por isso é importante a participação da rede social de apoio caso exista.
Pode ser tratada com Inibidor seletivo de recaptação de serotonina porém como a maioria dos anti-depressivos passam para o leite materno é necessário o uso de substitutos adequados. Logo a psicoterapia é o tratamento mais recomendado. Para mães que preferem resultados mais rápidos a terapia cognitivo-comportamental e a terapia analítico-comportamental demoram por volta de 6 meses.
Uma alimentação adequada, rica em Omega 3 e sais minerais, e exercícios também são importantes para melhorar o humor e a saúde em geral.
Existem também o risco de psicose pós-parto, estimado entre 2 e 4 a cada 1000 partos. Muito mais grave que a depressão, na psicose a perda de contato com a realidade que pode incluir alucinação, delírios, fala desorganizada, humor instável, medo patológico e comportamentos violentos contra si e contra os outros. Pode ser necessario a internação.
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